Ora! A poesia é vida, é respiração.
Canção que vem de dentro afora.
Embora haja quem leia sem atenção.
Emoção pulsa; da entrelinha: senhora.
Fora se não fizer da poesia: degustação.
Impressão de que na gente ela mora.
Demora como se fosse nossa extensão.
Coração do outro falando: nos penhora.
Memora: passeio de estação em estação.
Contramão às vezes, mas que revigora.
Namora-nos quando batemos a visão.
Chão de flores; espinho nos aprimora;
Aflora arrepios. Impacienta-nos o tesão.
Então: Poesia é rubro que ri e que chora.
Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie