Beijo teus seios com calma faminta,
saboreio o contorno que endurece ao toque.
Minha língua dança na pele que implora,
e teus gemidos são prece que me invade.
As mãos te seguram pelo pulso rendido,
teu ventre arqueia em busca de mais.
Cada movimento é uma oferenda lenta,
cada suspiro, um hino de pura entrega.
Tua boca entreaberta solta tremores,
um rastro quente de respiração trêmula.
O véu negro te faz templo e miragem,
me faz querer perder-me inteiro em ti.
Teus quadris se erguem, suplicantes,
a ponta dos seios roça meu peito faminto.
Ali, tudo se torna chama contida,
teu corpo meu altar, minha loucura.