O cansaço do muito,
de sentir sempre demais.
A angústia no peito,
de quem tenta constantemente seguir em frente.
De quem sente.
Como se só isso bastasse,
como se no final do dia não fosse só eu e o vagão do metrô.
Já sinto falta do que de mim sobrou.
Tudo evapora com o passar dos dias.
Estranho é —
se sentir tão cheia e ao mesmo tempo tão vazia.
Sigo eu, sem saber se sou inteira,
sem o tanto que me falta,
Como quem perde o rumo sem notar.