E quando tudo não mais
representar a inquietação de viver
e a alegria sofrente de amar
nem mesmo uma valsa vienense
nas cordas da minha alma vibrar
E quando tudo se for
inclusive a completude ao redor
feito bolha de sabão ao se desintegrar
e o medo de perder não mais retornar
pois nada mais há a perder ou lembrar
É então chegada a hora
de apagar os retratos
me despojar dos relógios
desbotar os calendários
descer do tablado e sair do teatro
deixando a porta entreaberta
para os próximos que ainda vão entrar