Fabricio Zigante

NOITES BRANCAS

Noites brancas que tenho saudade,
Quando esperava com animosidade
O rubro crepúsculo que descia lento,
Com toda vaidade de amante, atento!



Noites brancas que ansiedade grave
Tive pela ânsia de um beijo suave,
Lábios queridos que me esperavam
E com desejo ardente me beijavam!



Noites brancas que tanto amava,
Que minh\'alma na amplidão se elevava
Aos astros do mais alto firmamento
Sentindo o coração palpitando violento!



Noites brancas, que tempo distante
Quando falei o último adeus de amante
E parti levando na memória recordação
Da ilícita, mas sagrada, antiga paixão!



Noites brancas de um olhar ardente
Que corações amavam secretamente
São hoje relíquias de um passado
Deste poeta que um dia foi amado!