Toda vez
Que lhe faziam
Andar na prancha
À ponta de espada
Em meio a águas infestadas
Aos tubarões
Aos tubarões
Ele cai, mergulha
E nada
Engole água
Os Deuses das marés
Espíritos das correntezas
Puxam seus pés
Lhe carregam a revelia
Com despreocupada leveza
Para alguma tranquila baía
E nem há tempo
Pra tristeza
Ah seus carrascos benfeitores
Lhe pretendem dores
Ele responde com seu riso
Aos leões! Aos leões
Gritam os Imperadores
Atiçando a multidão
Ele nem ouve o aviso
Acostumado com o leão
Transformar o inferno
Em Paraíso
Continua a sua missão
Retribui fogo com sorriso
Revés com obstinação...