Dama, infortúnio é sua ausência,
Viver longe de ti e da inocência
De teu sorriso e de teu calor.
Dama, que período tão doloroso
Concedeste ao peito lacrimoso
Horas tantas sem teu amor!
Dama, amargura eu denotava
No rosto que de pranto estava
Banhado, pela grande saudade.
Dama, deu-me direito de sofrer
E em vão te amar e te querer
Sem ter de ti a reciprocidade!
Dama, vazio deu ao poeta coração
Quando no inverno de solidão
Deixaste a criatura que te amava.
Dama, vagando nesta injusta terra
Minha voz poética não se encerra
Como no princípio, versos lhe cantava!