Teu olhar me prende sem tocar,
e esse decote discreto é armadilha —
me excita o que insinua,
não o que entrega.
Teu corpo é chama guardada,
pecado que meus olhos cometem
em silêncio —
proibido como um beijo jurado a outro.
Te desejo no intervalo do impossível,
entre a vontade e o não posso —
e é nesse abismo
que tua beleza me devora.