Vlad Paganini

INVERNOS

INVERNOS

Um vento, um sopro ...

Uma tarde no horizonte

Alvoroçada ao anoitecer

Esfriando à parte como se o sol em devaneios

Quisesse repousar e adormecer

Chuva que escorre na janela

E faz meu corpo estremecer

 

E num repente de um intenso calor acende

A se arder feito fogueira

Por entre lembranças em brasa

Por todas minhas lareiras  

Faz-me aquecer

 

Nada mais esfria

Enquanto aqui me encontro em pensamentos

De momentos

Em seis tempos

 

Madrugadas, pôr do sol no amanhecer

Num sol azul anil

Meio dia

Num novo dia  

E por mais que eu tente

Nada esfria!

 

E sim aqui permanece

Somente quentes invernos

Que só me proporcionava alegria!

 

Dessa minha saudade

De todo esse amor que conjura os ventos

Me esclarece pra que eu possa melhor entender

Essa estação em versos apaixonados

E propositados!

 

Ofereço então o meu corpo em lembranças  

Outrora de invernos frios

Procurando em meus alentos

Os carinhos teus

E cerro lentamente meus olhos

E em saudades me encontro com você

Em meus pensamentos te estendo a mão

A te libertar dos teus breus 

E da tua solidão!

 

Vlad Paganini