Te percorro em silêncio,
como quem decifra um segredo
com a ponta dos lábios —
cada suspiro teu, um mapa oculto.
Me perco nas entrelinhas do teu corpo,
onde a pele sussurra vontades
e os poros confessam pecados
que nem tua boca ousa dizer.
Desvendo-te sem pressa,
como quem saboreia um poema molhado —
meus dedos escrevem teu nome
nas entrecortadas pausas do prazer.