Um atrás do outro, minha mente dá curto circuito.
Fico sobrecarregado quando sinto muito.
O nó na garganta começa a me estrangular.
Quantas palavras consigo engolir até engasgar?
Empilhadas na minha boca como uma prateleira.
Eu vomito e preencho o poema que deixei na penteadeira.
Mas o resultado final é apenas papel desperdiçado.
Um desenho da minha mente: tosco e rabiscado.
Eu transbordo de sentimentos que tento conter.
E cada trauma só quer um palco para doer.
Eles pulam da minha mente desalinhados.
E chegam a você tortos e bagunçados.
Sinto que é errado forçá-los para fora assim.
Talvez eu devesse apenas te convidar para entrar em mim.