werner

Indiferença Anfêmera

Há um monstro que diz que as vidas não têm o mesmo peso.

Esse monstro diz para buscar semelhanças.

O ódio? Deixe-os consumir,

E ninguém nos odiará no fim.

 

Este mundo é deletério, sem valor.

Dado à ausência de empatia, amor.

Que me olha com um desprezo tão vazio,

Um brinde aos efêmeros traços de quem eu sou.

 

Meus traços logo se esvairão,

E não sobrará nada além de um corpo vazio.

Uma cópia imutável e sem opinião.

Um brinde à indiferença que restou.