Em meio a tantos acontecimentos
Não fomos uma escolha, fomos um adentro
Daqueles que nunca esquecemos,
Daqueles que guardamos com carinho até o último dia,
Como se tudo tivesse sido mil maravilhas
Sabe quando tudo dá errado e só nos restam as míseras partes boas?
É o que me resta de você.
Joguei fora todas as cartas e toda essa manipulação ensaiada.
Tua melancolia não me pertence mais,
teus dias cinzas –
Teus vestígios não mais me contaminam.
Me enxerguei longe de todo esse feitiço,
me encontrei novamente – sem você.
Sem teus ombros pra me acalmarem em uma noite de desilusões,
que tu mesma me trouxeste
sem teus olhos cor de “lar”
Sem tua boca sabor mel, tão doce quanto tuas mentiras.
Não foram marcas na pele.
Foram rachaduras por dentro.
Feridas onde ninguém olha.
É como engolir vidro e respirar com o peito cheio de sangue.
Sangra por dentro –
Em silêncio.