O homem invisível.
Ando pelo meio e não me veem
Passo por vocês como vento
Minha presença só sinto por dentro
Fora de mim, sobre mim, somente silêncio.
Meus passos não deixam marcas
Não há um olhar que me penetra
E nem pensamento que me interpreta.
Eu os observo e os absorvo
Carrego o peso de sobre mim levar a todos
Vários mundos, histórias,
Fotografias reais que guardo na memória.
Por vezes me indago se existo
De repente sou espectro vagando no mundo físico
Translucido e silencioso
Ensurdecido com meu próprio grito
Tentando ser ouvido e, quiçá, percebido.
Por Vinício Nogueira Monteiro.