Nos Mundos Que Quero Viver
Nos mundos que quero viver
não há pressa,
nem prazos,
nem medo.
As cores gritam,
as palavras tocam,
os sentimentos não se escondem.
Neles, voo sem asas,
corro sem rumo,
amo sem freios,
e, às vezes,
morro… só pra renascer mais forte
na página seguinte.
Nos mundos que quero viver,
sou tudo o que sonhei:
curandeira, rainha,
forasteira, trovadora,
às vezes só uma alma
procurando abrigo
em histórias que me entendem
melhor do que gente.
A realidade?
Me parece rascunho.
Cinza.
Incompleta.
Limitada demais
pra quem já viveu
mil vidas em uma estante.
E quando me chamam de ausente,
eu sorrio.
Não estou aqui —
estou onde quero estar.
Em mundos onde a dor vira poesia,
onde o fim nem sempre é o fim,
e onde, por um instante,
sou livre.