Final de março foi o começo do fim.
Promessas feitas para não perder
o chão que construímos.
O \"para sempre\" se tornou diminuto —
mas ainda assim, é para sempre.
Só que de uma forma diferente:
para sempre, amigos.
Me encontro hoje numa luta diária
entre o que sinto e o que te escrevo,
cuidando para ocultar, nas entrelinhas,
os meus sentimentos.
Porque é óbvio que eu não deveria te contar...
Que, quando sei que vou te ver, meu dia amanhece mais bonito.
Que, quando diz que sente saudades, eu sorrio do outro lado.
Que, na verdade, você me torna mais bonita.
Que meus olhos brilham ao cruzarem com os seus.
Que meu coração palpita só com o som da tua voz.
Que me faz feliz, só por existir.
Assim como eu também não deveria confessar...
Que meus sonhos se misturam com os seus.
Que, quanto mais distante estou, mais contigo estou.
Que penso em você a todo instante.
Que seu abraço me faz falta.
Que seu riso me faz falta.
Que você, por inteiro, me faz falta.
Que o jeito como mexe na barba é singular.
Que amei cuidar e acalmar-te naquela tarde.
Que foi incrível viver nossa cumplicidade
enquanto me fazia massagem.
É uma pena você não poder saber...
Que quase toda música que ouço me leva a ti.
Que reviver o nosso pequeno ordinário
é tudo o que me restou.
(e sou grata por tê-lo vivido)
E que, quanto mais eu tento não ser,
mais eu me torno...
Apaixonada por você.