... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

CORAÇÃO FERIDO (soneto)

A poesia geme e a saudade murmura

No verso. Tão impaciente que parece

Um cântico, árdua toada, uma prece

Atulhando o versejar com desventura

 

Largando a imprecisão como messe

Aonde nas rimas a cólera configura

Então, a inspiração ruge, ó amargura!

É um aperto que da tentação floresce

 

Soa tom túrbido, convulsivamente

Trêmulos versos saem ferozmente

Por entre as mãos, sombria aurora

 

Roga o sentido nestes versos feridos

Com lastimas, sentimentos partidos

De um coração que pulsa e chora!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG

 

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