Lianadesa

Caminhos Errantes

Estava só neste caminho,

O vento acariciou os fracassos passados.

O desalento anda a passos lentos e descompassados.

Tocava, apalpando meus frios temores.

O beco sujo foi atravessado em meio a palpitações e horrores.

No cansaço, o retorno foi à investida da derrota.

 

Descoberto os caminhos,

Derrotaram-me com seus olhares bons.

Desisti de acorrentá-los as amarras da mágoa.

Aceita está a pseudo- cumplicidade.

Sorrirei para os bons no caos da alma constrangida.

Em suas multidões ansiarei pelo beco sujo...

 

Bailarei os passos fúnebres seus.

Aos acordes de seus sons

Prepararei-me para os seus campos de concentração.

Não temerei a descoberta das diferenças

Temerei o encontro do que não sou.

Sentindo dor de saudade da solidão.