Sempre a quis, vida
Até mesmo na boca do dia
Quando fui, sou engolida, digerida
Expelida na escuridão da noite, quase sem vida...
Gritei, confesso!
Quis ser ouvida, sou atrevida...
Bradei aos quatro cantos
Meus brados em versos
Sempre estive encolhida, porém, a vejo
Repleta de belezas infindas
O sol beija-me nas manhãs em acolhida
Aquece minha alma ferida
Pássaros cantam, gorjeiam para mim
Não há melodia igual
Alguém lá de cima me tem amor sem fim
Ainda que para muitos, não pareça normal
Amo-te, vida!
Hoje posso olhar o céu
Não através de meus míopes olhos
Olho-te com olhos sem véus
Por isso grafo meu amor por ti
Eternizando-o no papel...