Nalva Melo

Sussurros de Quem Sabe

Sussurros de Quem Sabe  Os sussurros… ah, os sussurros de quem sabe exatamente o que quer, vieram suaves, quase etéreos, e me despertaram de um sono sem nome.

Eu dormia — não por cansaço, mas como quem esqueceu o gosto do amor. Estaria eu à procura? Talvez... mas adormeci da dor de não encontrá-lo.

Então, você chegou. Silenciosamente, quebrou o véu do meu esquecimento.

É você, meu amor? Como atravessou o nevoeiro em que minhas dúvidas faziam morada? 

Se for você... não me deixe à deriva. Seja o porto que espera, firme e fiel. Seja farol — que seu olhar me guie, clareando os becos das minhas incertezas.

Que sua voz sopre como brisa serena, acalente minha alma inquieta, acalme o furacão que em mim se levanta.

Se for você, não me abrace apenas: acolha-me inteira, como sou. E que o tempo... ah, que o tempo seja mero detalhe, porque com você, cada segundo é eternidade.