Essa insônia que em mim teima em ficar
É companheira no meu poetar
Compartilhando essa cama comigo
Já não é inimiga ou um castigo
É ela que murmura em meu ouvido
Os versos de amor que tenho vivido
Abraçamos, juntas, as madrugadas
E acordamos pássaros na alvorada
Não a culpo, de nada ela é culpada
O sono se foi numa cavalgada
Montando o alazão dessa saudade
A culpa, se queres saber, é tua
Mas peço a Deus que não te retribua
Pois não me amas por faltar vontade.