Maria Isabelly Da Silva Santos

\"o SilĂȘncio Que Me Enterra Viva\" ...

Já chorei tudo que podia,

já calei mais do que devia,

e mesmo assim… ninguém nota

que estou sumindo, dia após dia.

 

Quis dizer: “me ajuda, por favor”

mas a voz morreu na garganta.

Talvez a dor me defina,

talvez o mundo me espanta.

 

Sou aquele que ri nas fotos

mas morre quando a noite cai.

Sou o que ama em silêncio

e só o travesseiro atrai.

 

Se ao menos alguém visse,

se ao menos alguém sentisse

esse peso invisível

que todo dia me desfaz…

 

Mas sigo, como quem dança

no meio do próprio funeral —

com alma fria e cansada,

num

corpo preso ao final.