... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

CÂNTICO ÁRIDO NO CERRADO (soneto)

Já não mais os agridoces cheiros

Vindos dos ventos dos silvados

Não ressoam cânticos brejeiros

Que concebiam versos alados

 

Onde estão os frescores cordeiros

Cheios de sessamentos afiados

Pelos dias amenos e tão inteiros

Cá no cerrado, tão pavonados?

 

Secura, aridez, rolando ao léu

Onde foste azul, cinza é o céu

E, que hoje vimos mais e mais

 

Tem poeira no horizonte, urge

No fim da vereda a sede surge

- Estia o chão e os mananciais!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

17/06/2025, 10’39” – Araguari, MG

 

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