No fogão de lenha do tempo,
ponho pra ferver as mágoas,
mas é o açúcar das bênçãos
que adoça meu café da manhã.
Escolho todo dia:
se remoendo o que falta,
ou agradecendo o que sobra.
Valorizar os que ficam,
ou chorar pelos que partem.
Aprendi com a terra e com as pedras —
cada escolha é um pão quentinho,
feito com as mãos da esperança,
pra repartir com quem chega
e aquecer o coração.