... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

EM TI QUE A ALMA AQUENTA (soneto)

Inverno... de prosas macilentas

Cheia de saudade, melancolia

Tão triste as trovas friorentas

Carregadas de soturna poesia

 

Pardo inverno de horas lentas

Sempre iguais, densa melodia

Ó versar, por que te apoquentas?

Não soluces mais, adoce, alivia!

 

Tudo é pressa, passa, é correria

Dos dias invernados do cerrado

Vai-se na poética que acalenta

 

Verás sim, soneto de invernia

Que canta o canto orvalhado

É em ti que a alma aquenta.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

16/06/2025, 14’45” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado