Sou caçador que nada abate,
diante da presa, frágil peito.
Atirei a flecha, busquei o destino,
mas teu ser, ileso, ficou ereto.
E de me render ao teu poder,
eu sei, não há como me salvar.
Faltou a coragem de me expor,
mas quanto mais fujo de tua lembrança,
mais me arrasta esse forte amor,
mais meu coração busca a esperança.
Corro de ti, tropeço no desejo ardente,
e quanto mais tento negar o que sinto,
mais me entrego, inevitavelmente.