Escrever parecia tão bonito, talvez fosse a chave dessa trava.
Eu peguei meu lápis e comecei a pincelar palavras.
Diziam que criar era tão incrível, talvez fosse o pedaço que faltava.
Eu vomitei ideias em forma de lágrimas.
Sorrir soava tão sofisticado, pensei ser a água para minha sede.
Então eu engoli as minhas próprias mágoas.
Ouvi sobre amor, sobre anjos e um deus celeste,
e enxerguei no inferno minha própria sátira.
Quando olhei para a pintura,
haviam textos cheios de rasura.
Um papel encharcado e aos pedaços.
Quando olhei o espelho,
ainda haviam lábios ressecados,
e restava o sorriso de um homem condenado.