Que teus dedos deslizem com a leveza do pecado,
na trilha quente da flor que pulsa ao meu chamado.
Que penses em mim — duro, firme, à tua espera —
como tocha erguida, entre sonhos e primavera.
Te imagino de olhos fechados, ventre em festa,
a respiração falha, a mão que não resta.
Que toques tua pele com meu nome entre os dentes,
e tua flor se abra, molhada e ardente.
Sente-me em cada deslizar, em cada espasmo lento,
como se meu falo habitasse teu pensamento.
No ápice, que teu corpo arqueie e reclame,
gozando meu nome, em silêncio e em chama.