Nas manhãs, teu nome me falta
Cada vento traz teu silêncio
Sinto um vazio dentro de mim
O perfume não chega aos sentidos
Fico presa entre sonho e saudade
Meus olhos buscam tua sombra
O jardim não te reconhece mais
Guardo no peito uma ausência viva
As pétalas caem, sem teu olhar
O aroma, sempre distante, insiste
Toquei as flores, não eras tu
As mãos, agora frias, esperam
E cada cor parece tão ausente
Sento-me à margem da esperança
No banco, apenas tua lembrança
Se um dia vieres, serei flor
Por ora, permaneço terra adormecida
Esperando tua primavera impossível