Eu acho que
Durante toda a minha vida
Eu tentei amar
Os contrários à mim
Os diferentes biologicamente
E me forcei por anos
Para fugir delas
Que são como eu
Eu estou acorrentada a sempre amar e ter uma paixão soterrada que se esconde dentro do meu peito e arde cada vez mais me destruindo a cada relação em que tento fugir do que eu sinto
Eu estou trancafiada em todos os julgamentos e medos que se escondem dentro dos meus olhos
Olhos que rastejam até a minha alma derrubando as mais sinceras e sufocadas lágrimas
Lágrimas pelo desejo de amar alguém como ela
Por sempre ter desejado e observado às de longe
Não nessa vida
Mas na próxima
Eu espero ser capaz de amar quem eu desejo amar