Escrevo para ti, minha amada,
Que na vida me faz sofrer,
E que nos braços da solidão
Condenou-me de amor morrer.
Eu bem sei que de ti
Não terei jamais santo amor,
Pois a outro pertence este,
E para mim pertence a dor.
Siga teu caminho, teu rumo,
Eu serei alma abandonada,
Mas tristeza que aqui reside
Creias, a vida te chamará culpada.
De mim não queres notícia,
Não verás meus versos jamais,
Não terá de mim lembrança,
E nem ouvirá meus tristes ais.
Saberás um dia que por ti
Tão grande amor nasceu,
E que por teu ingrato coração
Este poeta de amor morreu!