A sua alma já conhecia a minha
antes mesmo de nos vermos,
antes do tempo dizer “é agora”,
antes do mundo permitir o encontro.
E quando enfim te vi,
quando nossos olhos se cruzaram no silêncio do real,
tudo que era intuição virou certeza:
era você.
Esse brilho entre seus lindos olhos verdes —
não sei explicar, só sentir.
Algo entre luz, abrigo e tempestade.
Desde então, nunca mais consegui desver.
Dizem que almas gêmeas não se procuram — se reconhecem.
E foi isso que senti.
Um reencontro antigo, num mundo novo.
Como se o universo apenas nos devolvesse
o que sempre foi nosso.
Você ficou em mim,
feito marca de fogo em pele de vento,
feito música que gruda sem refrão —
mas é sua melodia que embala minha paz.
Se o destino desenhou com pressa,
ou se fomos nós que atrasamos o passo,
não importa mais.
Porque agora eu sei:
te encontrei —
mas minha alma já sabia.