Era uma noite gelada, onde só havia escuridão.
Onde cada esquina, cada quarteirão, só havia ela.
E no frio cortante de uma cidade adormecida.
Não havia ninguém, só o vento a soprar, sussurrando segredos que ninguém poderia contar.
Uma cidade solitária, onde o vazio a seguia, e o silencio morava em cada esquina.
Em uma casa vazia, cheia de escuridão, tão solitária quanto a cidade e tão silenciosa quanto o vento.
A doce menina só queria sentir o calor não esta tão sozinha.
Ela era o vazio, a solidão de uma cidade vazia, mas sentiu no silencio a promessa do dia.
Um brilho distante começou a surgir, como uma chama pronta a ressurgir.
O vento antes que antes levava o pranto, agora fazia o canto de um novo encanto.
E na alma da menina, a esperança brotou, como flor que no inverno enfim desabrochou.