C4torze

Valsa com a morte

Há uma dança sem fim contra o tempo
E por trás da máscara há uma musa
É nesta noite de passos frios
Que não se desliga o som da música
Pois tudo que restará é o vazio


A cada acorde, mais forte a mão segura
Na cintura que balança em prol do ritmo
Vozes sussurram, pés se embaralham
Um olhar arde em fogo mortífero
Tudo que restará é o vazio


O cochicho das notas calou
A escuridão dominou o salão
O sorriso da musa sumiu
Um aperto fechou o coração
E quando o figurino risonho finalmente caiu
Com um tecido pousando e um assovio
Tudo que restou
Foi o velho conhecido vazio.