Por Alexandrinho Marques
Quando o tempo enfim dormir,
e o relógio esquecer de contar,
ainda estarei aqui —
te esperando sem pressa,
te amando sem fim.
Se a memória se perder nas nuvens,
e teu nome sumir das bocas do mundo,
ainda o terei gravado
no silêncio do meu peito.
Mesmo que os dias deixem de nascer,
e o céu esqueça o caminho da luz,
meu amor,
serás meu sol escondido,
minha eternidade em segredo.
E quando o tempo acordar de novo,
mesmo mil anos depois,
eu serei a brisa que toca teu rosto
e sussurra, sem som:
“Esto
u aqui. Eu nunca parti.”