Leidiane Ribeiro

Uma janela de memória

Na janela do imaginário, eu saía do armário e encontrava você. Totalmente algemada ao meu ser, eu beijava você. Tocava seus cabelos ruivos, enquanto a amava intensamente! 

Eu vivi todos os seus sonhos no imaginário. Lá eu te encontrava na janela, fumando um cigarro e segurando um copo de Whisky. E eu na cama te olhando, abraçada ao whisky esperando você.  

Oque me consola é ter vindo de você, o chute nas bolas, que me fazem tremer. Eu posso ir embora, mas tem coisas lá fora que me lembram você. É o cheiro no sofá, e a escova amarela, ou só os traumas na janela. 

Queria te ver, e não ver mais nada, mas com vidas cruzadas, isso não posso ter. Nem você! 

Em algum lugar da memória, dentro dessa história, quem desistiu foi você!