Você já percebeu que o amor é uma semente?
Que não se planta em terreno falso,
nem se rega com palavras vazias?
E que crescer é gesto de coragem —
um ato de desabrochar no meio da ventania?
Há um silêncio dentro da gente —
uma conversa antiga, feita de luz e sombra —
onde descobrimos quem somos de verdade,
sem a máscara que o mundo insiste em pedir emprestada.
Não aceite pedaços quebrados de amor,
nem troque teu ser por um disfarce confortável.
O amor que vale é aquele que arde,
que sacode a alma, que não se contenta com menos.
Olhe para trás sem medo,
mas não faça do passado uma prisão.
Ele é só um mapa riscado,
um rastro de poeira no caminho que ainda se abre.
O mundo está aí —
um convite permanente para a liberdade,
para a descoberta — para o encontro com o novo.
Seja o que você é:
um rio que nunca para de correr,
uma estrela que insiste em brilhar mesmo na noite mais escura.
Aceite a transformação —
ela é o perfume da vida,
a música que nos chama para dançar,
a promessa de que nunca seremos os mesmos,
e que isso é o que nos salva.
Viver é isso:
um jeito de aprender a amar a mudança,
um jeito de ser inteiro, mesmo quando o corpo muda,
um jeito de ouvir a vida dizendo,
a cada instante:
“Venha, venha, venha ser quem você ainda não sabe que pode ser.”