a gente se falava todo dia, lembra?
tua voz era abrigo
e minha risada morava no teu fone
as horas passavam depressa,
e eu não queria dormir sem ouvir teu “boa noite”.
vídeo ligado, coração aberto
contando segredo como quem entrega o peito
e quando tu sorria... ah, quando tu sorria,
parecia que o mundo parava só pra ver.
a saudade nem existia, era tudo tão perto.
e a gente fez promessas,
daquelas que a gente jura de olhos fechados
“um dia eu te abraço de verdade”,
mas esse dia não chegou,
ficou preso em alguma conexão perdida.
hoje tem só o silêncio
e uma notificação que nunca mais chegou
teu nome ainda mora no meu celular
mas já não sei se ele lembra de mim
como eu lembro de ti — todos os dias.
talvez a distância tenha vencido
ou talvez a gente tenha se perdido de nós mesmos
só sei que o que antes era riso e espera
hoje é ausência,
é só eu... tentando não te chamar.
10 jun 2025 (15:22)