Sensual morte, me leva em teus braços,
Beija-me com a ternura do final prazer.
Não, não! Não me deixes para envelhecer,
Amarra-me em teus laços.
Ou atira-me às aves, em pedaços;
Pouco me importa a forma de perecer,
Mas que seja antes deste amanhecer,
E que não sobrem de mim meros traços.
Rezo a ti, anjo de asas claras,
Aquele que toda respiração calas;
Leva-me à comunhão das profanas aras,
Do abismo profundo ou do paraíso altivo,
Do infinito tormento ou supremo alívio.