a casa fala baixo desde tua ausência.
os quadros não olham mais pra mim.
o tempo, que antes era presença,
agora só passa, lento e ruim.
tua voz se escondeu nas paredes,
nos talheres que já não uso mais.
e o silêncio que ficou entre redes
é mais cruel do que teus \"nunca mais\".
nem briga, nem adeus, nem consolo,
só um “não sei” sem explicação.
e esse vazio que ecoa tão solo
bate fundo — bem no coração.
5 jun 2025 (13:36)