Não ponha açúcar no meu café
Gosto dos meus amores amargos
Dos meus sonhos bem escuros
Do teu aroma ainda inolvidável.
Continuo lendo os livros densos
Tendo pesadelos bem pesados
Escrevendo poemas sem sentido
Sigo vivendo nos tempos passados.
Como um velho retrato do vento
E tua lembrança em meu encalço
Sobre a mesa, duas xícaras vazias
E no ar, um cheiro forte de pecado.
Primor de um amor atarracado
Um pranto fortemente derramado
O que seria um café e um cigarro?
Se não o amargo do teu beijo figurado.