matteeusbarros

Café

Não ponha açúcar no meu café

Gosto dos meus amores amargos

Dos meus sonhos bem escuros 

Do teu aroma ainda inolvidável.

 

Continuo lendo os livros densos 

Tendo pesadelos bem pesados 

Escrevendo poemas sem sentido 

Sigo vivendo nos tempos passados.

 

Como um velho retrato do vento

E tua lembrança em meu encalço 

Sobre a mesa, duas xícaras vazias 

E no ar, um cheiro forte de pecado.

 

Primor de um amor atarracado 

Um pranto fortemente derramado

O que seria um café e um cigarro?

Se não o amargo do teu beijo figurado.