Na dança suave
da mente inquieta
a ilusão se tece
intensa e secreta
Brilhando como um sol
em falso fulgor
escondendo verdades
sob o seu ardor
Cria caminhos
onde não há chão
ergue promessas
que fogem da mão
O olhar se perde
crente, a sonhar
enquanto a verdade
se esfuma no ar
O tempo avança
o véu se desfia
o sonho dissolve-se
em luz e neblina
E então, no reflexo
de um novo amanhecer
a alma percebe
é hora de ver.
Gil Moura