Raquel Ordones

Cedo

Ela desperta; espreguiça bem à vontade.

Liberdade nua; janela e nesga em luz.

Seduz a agitação; à mostra uma metade.

Suavidade de eriço; sexy se traduz.

 

E conduz-se numa ‘preguicite’ tão lenta.

Venta na cortina, em miscelânea lilás.

Paz intocada, de delícia violenta.

Suculenta imagem; frente, lados, atrás.

 

Faz uma pausa, respira fundo, se espicha.

Capricha no torcer-se; põe um pé no chão.

Há contramão; coxas, barriga e se cochicha.

 

Comicha o corpo, do topo ao tornozelo.

Apelo não verbal, tesura que arrepia.

Enfia os dedos entre os cachos do cabelo.

 

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