Tem dia que o peito pesa,
e o mundo parece surdo.
O riso fica guardado,
escondido lá no fundo.
Coração anda sem jeito,
tateando no escuro,
como quem perdeu o mapa
do que antes era seguro.
Tem saudade que não avisa,
só chega e senta ao lado.
Tem silêncio que machuca
mais do que qualquer pecado.
Não é drama, nem fraqueza —
é só alma em desalinho.
Às vezes, o coração chora
mesmo cercado de carinho.
E tudo que ele quer, no fim,
não é resposta nem razão.
É só um colo que entenda
sem pedir explicação.
3 jun 2025 (11:41)