A tristeza angustiante
habita em silêncio dentro de mim,
e me faz pensar —
terá valido algo o que vivi?
Dia após dia,
espero o pior.
Aprendi cedo:
a esperança é a última a morrer.
Mas hoje,
olho dentro de mim
e vejo o velório da última.
Esperança...
em quê?
pra quê?
Sigo.
Não por vontade.
Não por fé.
Apenas vivo,
olhando o mínimo,
sentindo o suficiente,
carregando o vazio
como quem carrega
a própria sombra.