Raquel Ordones

Saudade

Saudade é um mote recorrente.

-Gente, mas como é que isso pode?

Sacode na alma; é dona, regente;

É pungente sentir; é musa da ode.

 

Eclode em todos e quaisquer momentos.

sentimentos sem freio. -Mas que bode!

Explode do fundo; sem fingimentos.

ventos sem direções, e nada acode.

 

Enode do passado no presente.

Pertinente em cada um, particular.

É pulsar; tantas viagens na mente.

 

Sente o coração; não sabe falar.

Chorar é a forma, se faz vertente.

Latente; e sempre é mais um versar.

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie