Criei raízes
sob árvores infrutíferas.
Deitei-me sobre a terra,
enquanto o que caía sobre mim
eram apenas gotas de chuva.
Amei quem não merecia
minhas pétalas
mais bonitas e vibrantes,
fazendo-me murchar,
arrancando-as de mim,
vez após vez.
E chorei… enquanto,
junto de mim,
o rio transbordava.
Mas renasci, e floresci —
porque a semente,
mais forte do que nunca,
rompeu a terra,
e folhas novas,
suaves como marfim,
delicadas e firmes,
nasceram de mim.