Você foi embora num dia comum,
sem aviso, sem alarde, sem deixar pra amanhã.
E ficou no ar um silêncio tão cheio de você
que até respirar virou lembrar.
Ficou tua xícara na mesa, tua voz nos cantos da casa,
ficou a mania de dobrar a coberta do seu jeito,
ficou aquele “já volto” que nunca voltou.
E eu fiquei… tentando ser inteiro, sendo metade.
O tempo passou, mas não levou.
Ele dobra a dor, disfarça em dias bons,
mas à noite, quando tudo silencia,
é o seu nome que ecoa na minha alma.
Você foi fim.
De tanta coisa, de tantos planos.
Mas também foi começo.
De um amor que não se esgota,
de uma saudade que virou parte de mim,
de uma presença que persiste até na tua ausência.
Você foi,
mas ficou em tudo que me toca e me quebra,
em tudo que me levanta e me lembra.
Porque você é o fim da sua história aqui…
e o começo sem fim da minha com você.
29 maio 2025 (15:07)