.
.
Profundezas
ferrugíneas —
Nosso leito
conjugal,
Que perfumes
não declina —
Só os une
a odor mau! ( ... )
\"Pouco importa
minha sina,
Estou morta
e o vermelho
É o sangue
de teus dedos —
só ferindo
meus espinhos\" ( ... )
Teu caminho
de tristezas —
Teu desprezo
me venerem
Se uma lágrima
não caiu —
Se uma lágrima
há que reste —
Se por ti
sou outras mil! ( ... )
\"Pouco importa
o teu amor
Contrapor —
ser meu fim,
Sou flor murcha
e ainda flor —
Entre vermes
e cupins!\" ( ... )
Meu caixão
sendo adubo,
Serei teu
jardim de ossos —
E um casulo
só de moscas
Selaria
beijos nossos! ( ... )
\"Há lá fora
tantos anjos,
Todos pálidos
e sem súplica —
Só reinando
a irmã morte —
Tem por trono
covas fundas!\" ( ... )
Pois de inferno
farei céu —
Teus espinhos
a cercando —
Serão vasos
de caveira
E mais lindo
teu descanso! ( ... )
\"Ouço um sino
badalar\"
— É a igreja!
\"Pouco importa\"
— Silencia
tua voz
\"Todos nós\"
— E então chora? ( ... )