Ao olhar para ti
não consigo evitar
a forma como falas
como levas as malas
como te ris
Meu D. João d\'Avis
quase caí, foi por um triz
A forma como te vestes
E que lindos olhos são estes?
Até as manias
que me levam a poesias
como morder a mão
sem ter perdão
ou enrolar do dedo no cabelo
será esse o seu flagelo?
Será que depois de um apagão
terminará esta confusão?
de segurar e apertar
de prender e largar
de olhar com amor
e depois com pudor
de ver as horas passar, apenas a estar
sem haver necessidade de falar
e apenas na relva deitar
o céu olhar, ver os pássaros voar
Escrevo então esta poesia
regada com maravilha
sem ter presilha
sem precisar de se prender
Apenas viver e crescer